Lehbusana's Blog

A paty decidiu manter o mesmo analista,’ doutor’ Antônio, porque estava cansada só de pensar em ter que decorar os nomes dos próximos analistas, já que todos os ‘doutores’ nao iriam saber o que era um Jimmy Shoe ou um Manolo!

Como era difícil ser ela.

– Boa tarde. -disse assim que voltou para  a sua segunda consulta.

O analista decidiu ser melhor ela voltar por umas cinco…  digo, cinquenta sessoes! Para ver se conseguia manter em quarentena o “gene loucura” dela.

– Em que posso te ajudar hoje? -pediu ele sendo gentil.

Trimmmmmmm trimmmmm

– Opa, só um momento doutor -ela leu a mensagem. – Ah, nao!!!!!!!!

Ela começou a chorar, ele nao sabia o que falar.

– O que houve? Quer falar sobre isso? -perguntou. Como estava  acostumado com choros em seu consultório a ofereceu uma caixa de lenços estrategicamente colocado no canto da mesa, próxima ao ‘analisado’.

– O Marc acabou comigo! -ela chorou.

– Marc Jacobs? -sugeriu o analista orgulhoso por ter pesquisado nomes de várias marcas.

– Nao! Marc: o lindo, maravilhoso, herdeiro frances do banco francês?…. Meu namorado -ela gemeu -Quero dizer, EX-namorado! -começou a chorar.

– Ah. Ele terminou com voce por celular?

“Canalha!” pensou o analista tomando as dores da menina. Já tinham terminado com ele por celular… nao foi legal!

– Sim! -ela estava chocada.  -Nao tem problema, umas cinco horas comprando supera qualquer herdeiro frances lindo! -ela deu ombros sentando na cadeira móvel elétrica.

 Psicólogos: divãs. Psicanalistas: cadeira móvel elétrica.

– Voce nao acha que deveria tentar lidar com isso sem envolver cartões de crédito e lojas?????? -ele pediu gentilemente.

 Ela o olhou surpresa, ele realmente tinha sugerido aquilo?

– Nao mesmo, eu desisto do frances mas nao do meu shopping.

– Usar termos possessivos nao trabalha o seu lado…

– Voce nao entendeu… -ela o interrompeu.

“Coitado” pensou.

– EU SOU DONA do shopping, meu pai é que o fez.

O psicanalista ficou quieto…

O que iria falar: “Desiste do SEU shopping e faça caridade??????”

Ela era um caso perdido.

Ela o olhou cima a baixo… ele tinha sugerido largar compras!

Ele era um caso perdido!

– Tudo bem, entao como vamos trabalhar o seu lado possessivo???

Silêncio.

– Se voce diminuísse o seu limite do cartão de crédito? -Dr. Antonio tentou.

– Nao tem limite.

– Se voce nao pagasse a conta do banco pra que seu cartão fosse cancelado?

– O banco é da minha mae, ela ia pagar pra mim.

– Okay, e se voce  nao sei o que mais sugerir… alguma idéia????????  -ele pediu confuso.

 – Nós podemos, tentar reduzir os dias de compra de sete dias por semana para seis????? -ela gemeu, ia ser difícil.

– Ok, hoje voce nao vai ao shopping. -ele decidiu.

– Mas  hoje eu vou ao Calvin…. -ela tentou.

– Calvin Klein está em promoçao?

– Nao! Calvin é o melhor amigo de Marc que mora no último andar do shopping. -ela sorriu.

– Vai pedir pra ele te ajudar com Marc? -o analista tirou os óculos -Minha jovem nao faça isso, esse herdeiro francês nao te merece!

– Que herdeiro frances? O Calvin é inglês!

“Moral deturpada que se corrige com gastos excessivos em lojas…. Tênue linha entre o desespero e a promiscuidade”

– Muito bem -ele tentou se recompor -Já ouviu falar de D.E.L?

– Como é? É uma marca?

– É um estilo de vida.

– Ah é? Quais são as idéias exploradas?

– Diversão sem entrar em lojas.

-Ok……. Eles compram via internet?! Olha eu já fiz isso uma vez…

– Nao! Eles nao compram! – Dr Antonio tentou sorrir.

– Eles comem então? Nao posso engordar, minha vez no rodízio já foi…. agora é a vez da mamãe na MS.

– Aonde? –

“Essa marca nao constava na minha lista” ele pensou.

– Na Mesa de cirurgia! – ela revirou os olhos.

“Jacobs, como ele é ignorante!’

 – Ah…

“Deus, como ela é ignorante!”

– Se eles nao fazem compras , nem comem… O que fazem?

– Eles usam de Doses Altas de Endorfina.

– Ah, saquei! -ela o olhou de lado – Doutor, eu nao uso pó desde os dezoito!

Ela tem dezenove .

Dr. Antônio perde a respiraçao, sente seu coraçao explodir, e joga tudo pro alto:

VAMOS COMPRAR!

Dr. Antonio era Antonia reprimida.

It’s well written and it plays fair… but remember it’s not only Obama’s fault (everything that is going on in US)…. it was not his fault all the wolrd crisis…those amazing possibilities of credits from banks that took too long to break since america is really rich was earlier than him, earlier than Bush son…. but one was somehow lucky… not Obama.

OBAMACARE, OBAMA MOTORS, OBAMA STIMULUS, OBAMA... America has met Obama. It has not been two years but how much is left to control? How many problems remain that cannot be blamed on Bush? On the other side, what other credits can be stolen? Remember that awful unnecessary Iraq war which Obama fought against so diligently in Congress, the campaign promise he made to pull the troops out before 2009? His campaign website read as follows in 2008: "All Combat Troops Redeployed by 2009: Barack Obama w … Read More

via Burst Updates

OK…………. nada de pânico. Nada de pânico!

Nao há o que temer -e a saída de emergência (a porta da garagem) é a cinco passos daqui.

O que está acontecendo, caro leitor? Por que estou assim?

Simples:

C.A.F.I.N

“Crise anual da festa íntima de Natal” mais precisamente quando a família se reúne.

Qual é!? Pra quê essa cara de espanto?

Até parece que na sua família nao há esse tipo de….. situação (abençoado seja o criador do Eufemismo!).

Tudo começou no dia 24 de Dezembro às seis da tarde. Para o meu tio isso é tecnicamente noite entao a adega digo, festa já podia começar.

Não, ele nao é bêbado! Nunca!

Na nossa família não tem esse tipo de coisa! Ele apenas gosta de degustar vinhos, cervejas, martinis, conhaques e afins que contenham álcool… mas tudo estava sobre controle rígido de meu avô que o acompanhava.

Controle rígido?

Ok, e eu sou otária.

Continuando!

Nós, os “com-juízo-na-cabeça” (para ser mais exata os menores de 18 anos), tomávamos água de cocô. É, nao me pergunte o porquê, mas era a única bebida nao alcóolica por ali e, aparentemente, seríamos nós quem dirigiria no final da noite.

A véspera de Natal começou a correr como era o esperado -como todas as noites de todos os anos anteriores.

Meu tio: já via fadinhas verdes ao seu redor e insistia em me abraçar e dizer: Eu sei que no fuuuundo você linda! O que importa é o interior das pessoas,….. nao se preocupe que-ri-da voce encontrará um grande homem…. de personalidade marcante.

O que será que ele está querendo dizer com isso? Até o ano passado era: você tem uma personalidade muito forte. Muito forte mesmo!

Por que mudou?????

Ou é a mesma coisa? (Quem foi que inventou a droga do sinônimo eufêmico????)

Onde está meu pai pra acalmar meu tio???? Ele está no Havaí com sua nova empregada, quero dizer, ‘amada’. Ela é vinte anos mais nova e a única coisa que sabe fazer  bem é cozinhar o prato favorito de meu pai: Bife com batata-frita e arroz.

Bem que mamãe dizia que o meio mais rápido de conquistar um homem era pela barriga, ela fez a abdominoplastia dele -ah, mas isso é segredo. Ele finge ter barriga lisinha devido a gelatina matinal cheia de colágeno. 

Repetindo: e eu sou otária. 

– ‘Bora rangar! – anunciou meu irmao.

Thiago (meu irmão)parece tudo menos um cara safado -foi aí que eu aprendi que as aparências enganam.

Ele nao é um cara mau por isso, apenas é um animal a ser estudado pela ciência pelo fato de ser imune à todas as doenças trasmissíveis por salivas e fluidos do mundo!

Sério mesmo: do MUNDO.

Já estou até vendo a hora que  uma menina vai aparecer aqui em casa falando: “Toma que o filho é teu!” E meu irmao: como todo bom cara safado irá dizer: Nunca te vi na vida!

Triste, triste, triste….

Onde está minha mãe? Não, não está bebendo. Está acompanhando a novela e celebrando a ceia de Natal com os personagens FELIZES e saudáveis da telinha. FORA DA REALIDADE.

Não, ela não é autista. O psicólogo só disse que ela tinha um leve transtorno averssivo à realidade que a impede de conviver entre nós por muito tempo além do necessário.

Não sei, honestamente, se o eufemismo do Doutor era pra dizer que mamãe tem uma depressão pós-parto TARDIA (começando na fase da aborrescência, digo, adolescência) ou só que ela gosta de novela demais para aguentar ver a realidade onde todos, quando comem, engordam. -sendo que isso é ótimo uma vez  que ela ganha muita grana com abdominoplastia!

Êêêê povo que gospe no prato que come! 

Vovó? Ela é uma graça! Exceto pelo fato de… nao ser dotada do sentido sensorial que nos capacita à identificar o mundo ao redor.

Ah, o doce cheiro do eufemismo!

Nao, ela não é cega, literalmente falando. Vózinha só nao consegue ver que o filho dela é… fã de álcool, que sua filha tem aversão aos filhos e sua outra filha, minha tia… bom, para ela, um parágrafo especial:

Dona Suzana Olívia… sim, Suzana Olívia. Meu avô deveria estar bêbado na hora em que foi ao cartório, quero dizer, com níveis de toxinas de procedência fermentada elevado. Depois de minha avó querer matá-lo (mas nao o fez porque ia ficar só com metade do salário dele vivo) a vida de minha tia seguiu tranquila até os treze. Ô número desgraçado! Minha tia com treze anos, começou a degustar maconha; antes dos catorze conheceu seu amor eterno, o vendedor da sua plantinha -pausa para o olhar sarcástico- com dezessete trocou por charuto (o amor tinha acabado depois de sua viagem à Cuba e da descoberta de Juan Carlos). De Juan Carlos surgiu Juan Carlos Júnior, meu primo. É, pois é. Mas este, renegado, foi criado por John, marido inglês de Suzana (se conheceram no transatlântico que a levou para a Europa), ele era o garçom do navio. E desta união surgiu John Pedro (nome meio brasileiro, meio inglês) que agora é criado por Philip, seu atual marido frânces que ela conheceu assim que desembarcou do transatlântico (John pediu para falar com o Metrí do restaurante para elogiar o Petit Gateau e foi deixado para trás). Sem esquecer o pequeno Gabriel que, apesar de Philip ser branco como a neve, é preto que nem carvão. Tia Suzana diz que nós temos uma bisavó negra, pena que eu vi foto alguma dela.

– Dani, busca mais vinho para mim, que-ri-da. -meu tio me olhou, quero dizer, olhou o vaso de flor à minha esquerda.

– Branco, tio?

– Pode ser negro também… Não tenha preconceito querida, é feio! -me repreeendeu.

Sim, meu tio me repreendeu.

– Negro não, meu filho!- meu avô gritou chocado -Afro-descendente! Voceê não é preconceituoso! Não pode ser preso junto daqueles ‘nego’!

É, pois é.

Essa é a minha família, somos muito admirado por todos que vivem fora desses muros. 

Mas o que posso dizer????

Toda família tem…..

😉

He is writing something!!!!!!!!!!!!

Yes, he is!

“Thank God!” Sophie cried “I wouldn’t have enough ice-cream if he didn’t, isn’t it hunny?” she joked.

“Just eat yours all right?!” Anna answered with her eyes glued on the computer. He was talking to her!

It has been this way for a long time… talking on msn, laughting and having fun. Far from each other, but at least, together. He had, for many nights, considered the possibility of staying at home to talk with her. Spend the night with her… on the web.

Yeah, I know… cowards!

They have always made jokes about themselves, about how gorgeous they were, how modest and all those silly-in-love-things that people in love say!… Although they have always agreed (in mind at least) that the other one was positivily gorgeous, funny etc.

She always dreamnt about meeting him in a free day and, by fate, they were in the ice-cream shop…….. spend the hole afternoon talking, laughing, looking to the other eyes…. oh, how many times she find herself lost in those thoghts!

He always thought about seeing her walking through his school door, smiling and embarrassed. Reading “hi” on her lips and as they get closer,  with the whole school looking to him, the clown, with the Godness. As the people minds think what a beautiful couple they were, he would find enough courage inside of him to hold her and kiss her.

Oh, yeah. How many times he found himself lost in those thoughts.

But, as I said,… cowards.Dreams here, are just dreams.

At least for now.

“You should come to visit Sophie and me” he wrote and Anna rewrote to Sophie.

The last one laughs, better saying, ‘wrote’ laughs.

“Visit ME? If you come and if he wasn’t so coward, I wouldn’t be able to see you the whole week!” Anna read and laugh.

Sophie was right.

“By the way are you coming next week?” Sophie wrote watching TV with one of her eyes while the other one checked the writing on the screen.

She never misspelled  to not get used doing this way.

Anna answered his message smiling, he always made her laugh. And she liked that. What she had never liked was his way of sending her double senses messages, where you can read a ‘flirting thing’ or just a “good-friend” thing. Of course, she had always answered in the same way to pay back this bad feeling he caused maybe on purpose or maybe to see if she would be the one to gave up on this game -Sophie once explain with her wide knowlegde of men’s head.

Yeah, right.

“He can wait sitted. If he wants you, he will HAVE to come after you” Sophie tried to put this on her head when it all began.

“I know… I just think…” Anna tried.

“No, here is the thing: You are not thinking! You are not! … Oh, dear…. You will just do what I tell you to do. This is for your own good! Trust me.” her BFF continued that time. She knew she was right and also understood why this was so hard to Anna, but as a friend, this was what she had the obligation to do. Like once, Anna did for her.

“No  blind, no cry. Remember?” Sophie whispered.

Anna read: Are you coming next week?”

“Next week? Vacation! Freedom” Anna smiled thinking.

” Freedom….” she kept on thinking while writing on msn.

“Tell your mom that she will have somebody to talk to on the road”

After the almost-global-war -three, her BFF, Sophie, calmed down and said:

” Or me or him” or course she was joking…. of course? Yeah, sure.

After the almost-end-of-friendship-because-of-a-boy Sophie started the second part of the plan “Taking back Anna to reality”.

The first one was the blackmale which hadn’t worked out so well as she thought it would.

The second part consisted on showing Anna how bad he was. How dumb, how child, how ugly, how anything-bad-you-can-think he was!

Sophie was not bad, she just didn’t like him at first sight.

To explain how this happend, how two too similar girls (BFF’s and all) have so different feelings about the same guy is necessary to you, reader, just understand this:

They were made from the same essence. They were made from the same feelings. It’s easier to figure it out  if you think they were made of water:

Sophie was the iced-water. She was misterious, shiny and tough. Not a bad girl, just a opened-to-friends-only girl, which is quite far after being hurted so many times.

Anna was the liquid water, she was the smooth, she could enter anywhere, talk with anyone and make anyone support any of her ideas.  They were almost the same, except one was the opened and the other, misterious. One was the tanned-girl, the other was the royalty-girl (pretty like a UK princess), one was the talkative , the other one was the shy. These differences were never between them, it had only made them get even closer and better, completed.

Somehow, they knew exactly what the other one was feeling, thinking and wanting… they were more than friends- which means  that Sophie had -after a little complaining,… who am I kidding? After A LOT  of complaining – to support Anna and her new feeling.

‘Life is not far…” Sophie begins to wonder ‘ When you think you know your best friend you get stabbed on your back”

 A pillow came in her direction.

“He is on!” Anna cried feeling her heart beats faster.

“Don’t talk to him!” Sophie adviced. “If he is interested on you… he will come to you! Just wait”.

One minute…

Two minutes…

Three minutes….

He always wanted her, but also knew it was just a dream. She was the dream of every racional boy from twelve to sixty years old, that’s why another “in-love-for-her-boy” wouldn’t be new there around .

He was everything she ever wanted… surprisingly, but yes. And he didn’t even dreamnt about this. Worse, didn’t believe this  feeling could be real. Which makes the situation gets worse in a exponencial proportion…. he treated her like a GOOD friend!

Not that he didn’t want to make it different, just thought it was too risky, especially when his chances with her were less than zero. At least this is what he -with his pessimistic mind and low self-esteem, always thought.

Both suffered quiet. She, being who she was couldn’t declare out loud  in love with the class-clown.  And he, being who he was couldn’t – actually could, but it wouldn’t make any diffeference – admit he was in love with the most desired girl ever. Yeah, that’s life, it is easy, but cowards tend to make it harder.

If only they had courage to say the truth out loud.It wasn’t a crime, it was a feeling,strong and honest. Is was sincere… but just a dream.

It all began when they met because of her bestfriend. No, they weren’t introduced by this one, it was only because her BFF studied in the same class as him, add with this, the fact that her friend was always saying bad things about him which just make the curiosity of our “in love girl” gets bigger till the day when she starded paying attention to him.From the moment she first saw him it was friendship at first sight. She felt he looked like a sweety guy.

This new thing, almost killed her bestfriend.

‘YOU ARE IN LUV WITH MY HATEST CLASSMATE?!”

Sabe quando voce encontra aquela pessoa feliz demais? E voce, bem, nao está exatamente feliz demais?

Encontrar ela significa que seu dia só tende a piorar. Por isso: sorria!

Primeiro ponto irritante da pessoa sorridente demais: por mais que ela sorria como se tivesse ganhado na mega-sena, ela nunca revela o verdadeiro motivo de seu sorriso!

Nao seria bom se na verdade eles sorrissem desse jeito irritante só pra nao chorar?

 Algo como:

“Minha casa pegou fogo porque esqueci o leite fervendo!” SORRISO.

ou

“Acabei de dar dez mil reais pra uma pobre velhinha da Instituiçao Ajude Uma Pobre Velhinha” SORRISO.

Segundo ponto irritante do sorridente demais: o sorridente TE ENCARA! É, nao é uma olhada discreta onde ele constata que  voce nao sabe combinar o cinto com a blusa, É uma ENCARADA digna de James Bond. “Sou Bond (sorriso), James Bond(sorriso)”

Imagine a cena: voce furioso ou acabou de acordar (escolha a sua) encontra… O SORRIDENTE, aí ele apenas sorri (nao diz “Bom dia” porque está subentendido no sorriso e se voce nao conseguiu entender isso, bom… SEU IGNORANTE! Ah é, sorria!) e depois de manter o sorriso no rosto o tempo todo (agradecimento ao cirurgiao plástico que lhe aplicou botox nessas regioes), ele te encara, esperando que voce sorria como ele. Voce, discretamente sorri se esforçando para parecer um ser civilizado mesmo com a blusa amassada, o cabelo despenteado, as olheiras, o mau-hálito… sim, voce tenta parecer um ser civizado!

Mas aí, ele nao satisfeito (apesar de ser o senhor sorriso, ele nao é, necessariamente, o senhor satisfeito, lógico) já tendo te chamado  de brega e ignorante também te chama de insensível, pois voce (seu INFELIZINHO… sorria!) nao consegue segurar suas bochechas pra cima tanto tempo quanto ele! E para o Sr. Coringa todo ser sensível à gravidade é um ser infeliz. Contudo, além de sensível à gravidade voce também é sensível ao olhar de desprezo  que ele te lança sem deixar cair o sorriso. E, sinceramente, ninguém merece isso às seis da manhã ou depois da hora do rush.

Terceiro ponto irritante do sorridente demais:  assim que voce se afasta dele lentamente, realizado por finalmente seu andar ter chegado ou pelo  sinal ter aberto, ele respira fundo, abra a boca, solta a voz e diz:

“Acho que vai chover”…. SORRISO.

 

 

Ela olhou pra ele…

Ele olhou para ela…

Eles se encararam.

Ele brilhava, reluzia…

Ela tremia, suava…

Ela nao conseguia acreditar que  estava vendo aquilo!

Ele pensava que estava cheio daquilo….

Ele “sorriu”. Ela deu um gritinho.

Ele avançou.  Ela foi para trás.

Era demais pra ele,  ia embora.

Ele avançou, ela respirou fundo.

O coraçao batia rápido… ele vinha devagar, olhando… cercando.

Ela podia ouvir o barulho do caminhar dele. Ele podia ouvir a respiraçao apressada dela.

Ele avançou… ela gemeu.

Ele chegou perto, ela fechou os olhos.

SPLASHHHHHHHHHH

Ela o esmagou com a vassoura.

Era o fim do sapo.

Depois do fracasso de sua primeira consulta no analista, a paty decidiu mudar de analista -ao menos um que entendesse de JIMMY SHOES!  E por isso foi ao consultório do Dr. Antônio. Ela conversara com a secretária do analista e a achou uma mulher de… personalidade (leia-se: sabe o que é um Jimmy Shoes nem que seja pelo catálogo!)

– Boa tarde, doutor.  -ela disse assim que entrou no consultório. Estava de bom humor, tinha conseguido comprar sua nova bolsa Prada.

– E então? Em que posso te ajudar? -pediu o analista gentilmente. Nunca tinha lidado com uma paty e por isso nao sabia bem o que fazer.

– Se você souber a diferença entre um Jimmy e um Manolo já é de grande ajuda. -ela sorriu, mas desistiu da idéia ao ver a cara que ele fazia.

– Esquece, se voce souber que Jimmy é um sapato já está ótimo! O outro  ‘incompetente’ nao sabia? Como ele fazia pra sobreviver??????????

O analista nao sabia se deveria responder a pergunta ou se calar.

” Falta só cinquenta e seis minutos!” pensou ele tentando se animar.

– Mas Jimmy poderia ser um apelido de voces jovens, nao? -disse Antonio tentando retratar seu amigo de profissão.

– Por favor,  nao tente! ele é um ignorante! Como ele vive??????? -ela repetiu perplexa.

– Acredito que ele nao precisa usar salto alto -respondeu o analista sarcástico. Ela nao entendeu.

– Nao importa!  Jimmy é Jimmy!

– Muito bem, muito bem -interrompeu o doutor segurando a vontade de destravar o botão de replay daquela menina. – O que te traz aqui mesmo?

– Depois que eu resolvi o meu problema com o Jimmy sozinha devido a incompetência do seu antecessor, eu tenho uma crise maior ainda! -ela gemeu -Como é que pode doutor?

– Todos temos problemas, senhorita. – começou com suas frases chavão.

– Não, não como o meu! -ela se levantou do divã- A minha empregada esqueceu de me avisar que a Lucy me ligou pra falar das novidades!!!!

– Fofocas? Nao é só ligar pra Lucy de volta?

– “Fofocas”? Nao! Novidades da moda, doutor!

– A Lucy é sua vendedora favorita????? -pediu o analista achando que tinha  finalmente entendido aquela menina.

– Vendedora????? Nao! Lucy in the Sky, a marca doutor! -ela se revoltou, mais um incompentente???

– Ah, sim. Desculpe-me, Lucy é muito comum para mim, minha filha é Luciana. -inventou.

Continuando -ela respirou fundo “cuidado com as rugas, prometi pra mamae nada de botox antes dos vinte e dois anos!” -A Zara…

– A loja? -pediu o analista orgulhoso por saber.

– Nao, a minha empregada!

-Ah.

– Ela  só lembrou de me avisar sobre o telefonema ontem e por isso já é tarde!

– Mas por que nao compra na loja?

– Porque aí eu vou ser como o senhor: …. comum.

“Pra nao dizer outra coisa!” ela pensou.

Mas qual a diferença, sao produtos diferentes? -ele pediu curioso.

– Nao, mas eu compro antes que o senhor! -ela sorriu triunfante.

-Sei, sei -ele escreveu algo no bloquinho de papel reciclável dele.

“Comportamento infantil e impensante derivado de uma infância com ausencia de pais e cheias de Lucy’s e Jimmy’s”

– Se acha que meus pais nao estiveram presentes na minha infância o senhor está enganado, eu passava o dia todo com minha mae! -ela disse rápida adivinhando o que ele escrevia. Estava acostumada a ouvir que era como era por culpa da ausência de seus pais.

O analista escreveu:

” Código vermelho: Louca por genética!”

A paty foi ao analista.

Sim, ela foi. Estava  em crise e decidiu que precisava mudar de vida! Sua empregada lhe marcou a consulta,  seu motorista a levou ao local. Ela não sabia nem o endereço nem o nome do analista, era doutor. E isso lhe bastava.

– Seja bem vinda, senhorita -o analista disse com toda sua educação.

– Ai, obrigada por me atender em tamanha urgência -a consulta tinha sido marcada há duas semanas -Mas eu nao aguento mais!

– O que houve? Acalme-se e me conte tudo -ele disse com a tradicional voz entediada. Já era a décima consulta do dia!

– É que eu estou tendo problemas com  meu Jimmy! -ela gemeu.

– Por quê? Explique. -pediu.

– É que ele está acabado! -ela chorou. – Aquela desgraça foi o seu fim!

– O quê, a bebida?

– Bebida?! Claro que não! Eu sei protegê-lo! -ela se defendeu ofendida. 

“Como ele ousava??????”

– Foi a poça de lama! -continuou pegando seu lencinho frances para secar as lágrimas.

– Como assim? Ele não te carregou para passar sobre ela? É isso? -o analista tentou confuso -Faltou-lhe este “primor”?

– Não, claro que não! O Jimmy é perfeito!  -ela o encarou brava -Você-não-entende nada-sobre-ele!

– Não, se voce não conseguir me explicar… -o que  mesmo ele estava fazendo ali?

– Ele é  incrível, com uma forma perfeita, maravilhoso, elegante, e foi  tudo destruído, acabado! Nunca mais o terei! -ela abriu o berreiro.

– Tenho certeza que vocês podem conversar. -ele disse logo se arrependendo ao ver a cara que ela fazia.

– “Conversar”? Conversar???? -bufou  -Até eu sei que não se pode falar com sapatos! Tem certeza que nao é voce que precisa de um analista???? -ela zombou.

– Sapato?

– Jimmy Shoes! Dãan -ela foi-se embora frustrada.

“Que tipo de analista era ele que não conseguia entender a “análise” e descrição de um Jimmy Shoe!?”


  • Nenhum
  • Anonimo: Assim como o outro.. Otimo! Melhorou muito quanto a referencia dos personagens desde seu ultimo post.. Continue postando! :D
  • Letícia Galvao Bueno: espero que gostem...
  • burstupdates: A mí no parece como portugués pero convego con nuestra opinión.

Categorias